sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Rosa Moderno, Guimarães brasileiro, João de todos

Para quem curte João Guimarães Rosa, seja por suas Primeiras Estórias, seu Grande Sertão Veredas ou por Sagarana, ou qualquer outra obra, porque, sendo dele, será sempre grande.

Claudio Willer, que escreveu o posfácio de Sagarana na edição de 1987, comenta brilhantemente sobre a obra e sobre o autor, em seus elementos literários, sua multiplicidade e diversidade. A amplitude de um João Guimarães, essa grande rosa que floresceu no Brasil.

Se Graciliano é seco, Rosa é multicolor, exuberante. Se um é marxista e alinhado ferrenho do esquerdismo, perseguido, chupado, macilento; o outro é místico, mítico, cabalístico, cosmogônico, fantástico-real. Portanto, moderno.

Para quem leu O Duelo e acha que o entendeu, recomendo que se leia o estudo de cinco ou seis páginas realizado por Marisa Martins Gama-Khalil, professora doutora da UFU. Nâo se assustem: ela uniu a abrangência à fácil compreensibilidade do texto. Realmente, ao lê-lo meus horizontes se alargaram. As inferências e interconexões que se podem fazer a partir desse conto são extensas. De uma amplidão admirável.

2 comentários:

monika jung disse...

eu prefiro "Tutaméia!, acima dos citados, vou dizer porque: em um dos contos , rosa dá a voz a um bebado, mas o cara pe tão bom(rosa)que ele passa ao leitor a sensação da bebedeira pela alterção da lingua portuguesa.

outra coisa sobre Rosa(que vergonhosamente li muito pouco)é que o cara "formatou" a alma brasileira pela linguage, por isso é quase "intraduzivél"

Fernando disse...

Nossa, Monika, que máximo!

Agora fiquei espicaçado (curiooooso) para ler Tutaméia!

Não é pra já, mas é de certo pra logo!