O nascer do dia é um'alegria
Alegra a alma e contagia
Imerso a fundo uma magia
Suspira, eleva, irradia
Santa calma, sacro dia
Micro, macro, vida mia!
O ciclo, o canto, a cotovia
Abre a rosa, sibila o sabiá
Um enlevo, encantamento
Igual a este não há
Dançam povos d'outrora
Em menagem a Lenora
Estende Palas nobre mão
Em erudita imantação
E eu, Eugênio,
Que sou eu?
Que sou eu ante o paredão rochoso?
Acre gosto amargoso
Invadindo minha boca
Vendados meus olhos
Meu eu agrilhoado
Aos sons cavos
Tudo escuro -
Mundo-Muro?
Sou o antes, o depois,
Ou o Agora?
E minha Morte,
Já demora?
Se não há tempo,
E não há hora,
O karma é isto,
Mia senhora?
Despeço-me, ditosa Terra
Embebida em sangue,
Lágrimas e guerra.
Mas, ainda assim,
Ela - só ela -
Vivificante.
Eu sou
Eu fui
E morro - neste instante.
Alegra a alma e contagia
Imerso a fundo uma magia
Suspira, eleva, irradia
Santa calma, sacro dia
Micro, macro, vida mia!
O ciclo, o canto, a cotovia
Abre a rosa, sibila o sabiá
Um enlevo, encantamento
Igual a este não há
Dançam povos d'outrora
Em menagem a Lenora
Estende Palas nobre mão
Em erudita imantação
E eu, Eugênio,
Que sou eu?
Que sou eu ante o paredão rochoso?
Acre gosto amargoso
Invadindo minha boca
Vendados meus olhos
Meu eu agrilhoado
Aos sons cavos
Tudo escuro -
Mundo-Muro?
Sou o antes, o depois,
Ou o Agora?
E minha Morte,
Já demora?
Se não há tempo,
E não há hora,
O karma é isto,
Mia senhora?
Despeço-me, ditosa Terra
Embebida em sangue,
Lágrimas e guerra.
Mas, ainda assim,
Ela - só ela -
Vivificante.
Eu sou
Eu fui
E morro - neste instante.
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