sexta-feira, 24 de abril de 2009

Inane

In dolore, sinto il cuore.

Incuriosa maldade
Corria em meu ser
Quedava-me quieto,
Quase a morrer.

Pensava sozinho
No longo caminho
No pão e no vinho
Talvez em Jesus

Quiçá na Aurora
No ir-me embora
Na fauna, na flora
Resíduo da essência,
Essência de mim.

"Não penses assim"

Teimoso eu era
Segui, pois, pensando:
- Era da Ilusão!
Eu sonho acordado,
Odeio amando.

Sou ser humano
E vivo em bando
Meu Deus é insano
Hei-o pilhando

Hei-o ali

Espectador

No ermo
Seus olhos
São alvos
E frios

Mudo eu sigo
Em vãos calafrios
Mias mãos um castigo
Nada posso

Por estes rios...

Vês a chama à frente?
É o futuro que passa tão rente
É a alma que sabe descrente
São pessoas assim como nós

Buscam e logram a sós
Na alma e na mente
Seu rumo avante
Parecem paradas,
Mas seguem adiante.

São a luz da estrada
A flor radiante
Guardai o momento -
Guardai o levante!

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