Eu sou tudo
Tudo - Menos
Mim mesmo
Eu rio a esmo
Sou ora isto
Ora Aquilo
Edifico (e)
Aniquilo
Eu rio
Eu ruo
E roo
As entranhas do mundo
Um ser visceral
Água batizando
A secura do cal.
A mãe que ama
O pai que adora
O ontem, o agora
As flores do mal
Um Baudelaire
Qual ninguém mais
Quer ler
A louca que à noite
Zurra
Berra
E não dorme
A sede de vida
O sexo da fome
Intelectual
Sem pince-nez
Dependurado no nariz
Sem chibuque na boca
Como matiz
Sou a folha e o ar
Um constante pesar
Pesar
Pesar
Pesar
E o que hei de mudar
Se eu sou o mundo
E o mundo sou eu
Eu quem roubou
O fogo dos céus
Orgulhoso
Mítico
Prometeu
Juro não-arrependimento!
Trouxe a luz do firmamento
Simbolizo o Homem:
Frágil, débil, flébil
Mas punhos em riste
Ante ciclópicos tiranos
Ó, formidáveis inimigos de antanho...!
Prometeu Acorrentado - Jacob Jordaens [1593 - 1678] - 1640, Colônia
Mim mesmo
Eu rio a esmo
Sou ora isto
Ora Aquilo
Edifico (e)
Aniquilo
Eu rio
Eu ruo
E roo
As entranhas do mundo
Um ser visceral
Água batizando
A secura do cal.
A mãe que ama
O pai que adora
O ontem, o agora
As flores do mal
Um Baudelaire
Qual ninguém mais
Quer ler
A louca que à noite
Zurra
Berra
E não dorme
A sede de vida
O sexo da fome
Intelectual
Sem pince-nez
Dependurado no nariz
Sem chibuque na boca
Como matiz
Sou a folha e o ar
Um constante pesar
Pesar
Pesar
Pesar
E o que hei de mudar
Se eu sou o mundo
E o mundo sou eu
Eu quem roubou
O fogo dos céus
Orgulhoso
Mítico
Prometeu
Juro não-arrependimento!
Trouxe a luz do firmamento
Simbolizo o Homem:
Frágil, débil, flébil
Mas punhos em riste
Ante ciclópicos tiranos
Ó, formidáveis inimigos de antanho...!
Prometeu Acorrentado - Jacob Jordaens [1593 - 1678] - 1640, Colônia
2 comentários:
Gostei do "rio, ruo, roo"...
A superposição dos sons e das expressões faciais ironiza a condição humana, não? =)
Suponho. =)
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