segunda-feira, 6 de abril de 2009

A musa muda - o poeta, não

(originalmente um comentário meu neste post curto e forte, portanto apreciado)
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Não me importa o papel
Não me importa a borracha
Não me importa o lápis
Ou a caneta, ou aquela musa bonita

Não.

Eu ouço a minha voz e a transcrevo onde tiver espaço, ao escrever eu crio um laço. Um rabisco, uma letra, um traço. É melhor escrever logo, antes que sobrevenha o embaraço.

Poderia escrever com sangue, com lantejoulas multicores, com um toco de carvão.

A mensagem que passo adiante, não se torna mais importante por ter passado por minha mão.

É somente mais uma estrela num multiverso além de qualquer possível imaginação.

Ao escrever, eu [sonho que] crio. Ao [sonhar o ato de] criar, transcendo.

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