terça-feira, 21 de abril de 2009

Eutanásia

Orvalho da lareira
Qual me olha sobranceira
Deixa-me em paz
E retorna à amoreira

Ave altaneira
Vem, descende repentina
Transforma-me em alma
E minh'alma em vida

Chama crepitante
Já não arde como dantes
Minha vida doravante
Terá perdido seus instantes

Restante:
A memória dos teus olhos
Eternos sobre a boca fugidia

Põe-te ainda a rir, a rir, a rir...

Já não tem mais jeito:
Hei de partir! -
Não sem antes ter

...

Perdão, eu nada fiz pelo Mundo!

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