sábado, 17 de janeiro de 2009

Por Gaza eu Chorei

Um ano na contramão
Engolindo poeira de canhão
A vida é a mesma
Apenas muda-se o chão
As botas, pois, ressoarão

Verá mais cores
Conhecerá outro mundo
Sabiá multicores
Este nosso Raimundo

A reiúna... calçada
A comida
Estrada
O Horizonte
Esplanada

Curioso não saber o porvir
Engraçado quando ele chega
A gargalhada gostosa
Desce goela abaixo
Ao descobrirmos...
Que nada é tão duro...
[Quando enfim se trespassa o muro]

Nada.

Tantos sorrisos falsos
Tanta maquiagem
A máscara há de cair
E revelar
A máscara há de ruir
E destroçar
A falsa imagem especular

Eu não preciso sorrir
Eu não preciso chorar
Eu não preciso mesmo nada.

Me dê licença:
Que a vida é bem mais viva e real
Do que este podre papel social.

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