(sóbrio)
É estranho
[esta sensação]
Mas não sei o quê dizer
Algo em mim quererá nascer
Ou aquilo então há de morrer
Fiz por crer,
Fiz por viver
Fi-lo porque qui-lo
Compu-la porque fi-lo
Sem rima, piedade
Ou estilo
Sei bem o maldizer
Sei bem o meu sofrer
Sofro por ser Prometeu:
Trouxe aos homens o Fogo
E a Luz que irrompeu
Não o salvou -
Matou
Eu arranho as paredes
Rilho boca e dentes
Minha poética sede
Traz consigo todos entes
De um mundo outro
Alheio - paralelo
Um universo qual co's dedos esfarelo
E nada sobra, arranco persona a persona
Pois destruo, pois queimo e arrebato
Enforco, maltrato, mesmo mato
Esta ânsia por mais cor
Este vivo estertor
Tanto anseio para um mortal
Ambição, ganância, intolerância
Todos esses malgrados elementos
Que me matam momentos
Que assassinam o dentro
Que escapolem o centro
Eu tento.
Quer saber por que?
Eu também o quero
Eu também espero
Eu...
Também...
Esmero!
***
(ensandecido)
Quer saber por que te disse aquilo?
Porque a amo, porque te amo
Porque declamo, porque conclamo,
O amor, este leve rubor
Este olhar mútuo penetrador
Sou a angústia, sou a dor
[Sou feliz?]
É tudo, é tudo, é tudo
Grito, esgoelo, berro
Mudo, mudo, mudo...
Oprimido o peito
Falido, à bancarrota
O coração palpita, pulsa
Rota
E pára.
Dispara!
Que arma atroz
Não o quero novamente
Batendo solerte
Minha mente inerte
O quero pra mim
O quero assim
Perfeito
Plácido
Meu
Sem mais loucuras
Sem aloucar-se
Sem enlouquecer
Sem descabelar-se
Quero-o só meu
Tu és meu coração, oras!
Mas não me obedeces!
Nasceste em mim,
Mas não é meu!
Por quê? Por quê? Por quê?
Diga-me a razão
Dá-me explicação
[qualquer que seja]
Cor
Cor
Cor
Já sei de cor esta lição
[será que a sei?]
Tu estarás sempre
Certo, coração
Tu sempre serás
Minha mais fiel
Intuição
Coração
Intuição... cor... ação
É estranho
[esta sensação]
Mas não sei o quê dizer
Algo em mim quererá nascer
Ou aquilo então há de morrer
Fiz por crer,
Fiz por viver
Fi-lo porque qui-lo
Compu-la porque fi-lo
Sem rima, piedade
Ou estilo
Sei bem o maldizer
Sei bem o meu sofrer
Sofro por ser Prometeu:
Trouxe aos homens o Fogo
E a Luz que irrompeu
Não o salvou -
Matou
Eu arranho as paredes
Rilho boca e dentes
Minha poética sede
Traz consigo todos entes
De um mundo outro
Alheio - paralelo
Um universo qual co's dedos esfarelo
E nada sobra, arranco persona a persona
Pois destruo, pois queimo e arrebato
Enforco, maltrato, mesmo mato
Esta ânsia por mais cor
Este vivo estertor
Tanto anseio para um mortal
Ambição, ganância, intolerância
Todos esses malgrados elementos
Que me matam momentos
Que assassinam o dentro
Que escapolem o centro
Eu tento.
Quer saber por que?
Eu também o quero
Eu também espero
Eu...
Também...
Esmero!
***
(ensandecido)
Quer saber por que te disse aquilo?
Porque a amo, porque te amo
Porque declamo, porque conclamo,
O amor, este leve rubor
Este olhar mútuo penetrador
Sou a angústia, sou a dor
[Sou feliz?]
É tudo, é tudo, é tudo
Grito, esgoelo, berro
Mudo, mudo, mudo...
Oprimido o peito
Falido, à bancarrota
O coração palpita, pulsa
Rota
E pára.
Dispara!
Que arma atroz
Não o quero novamente
Batendo solerte
Minha mente inerte
O quero pra mim
O quero assim
Perfeito
Plácido
Meu
Sem mais loucuras
Sem aloucar-se
Sem enlouquecer
Sem descabelar-se
Quero-o só meu
Tu és meu coração, oras!
Mas não me obedeces!
Nasceste em mim,
Mas não é meu!
Por quê? Por quê? Por quê?
Diga-me a razão
Dá-me explicação
[qualquer que seja]
Cor
Cor
Cor
Já sei de cor esta lição
[será que a sei?]
Tu estarás sempre
Certo, coração
Tu sempre serás
Minha mais fiel
Intuição
Coração
Intuição... cor... ação
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