sábado, 2 de agosto de 2008

Texto Curatorial

O breve texto a seguir foi construído buscando apresentar, de forma sucinta, a proposta do Museu Virtual Carandiru. Aborda também sua relevância na preservação desse patrimônio que nos foi legado.

TEXTO CURATORIAL

Prisão. Penitenciária. Presídio. Cadeia. Xadrez. Casa de Detenção. Tantos nomes para denominar uma realidade freqüentemente ignorada. Só conhece quem lá dentro está.

O Museu Virtual Carandiru lança esse empreendimento, resgatando o significado dos valiosos resqüícios que sobraram daquele que, em seus tempos "áureos", foi considerado o maior centro penitenciário da América Latina.

Há, por exemplo, o muro de 10 metros de altura sobre o qual pode-se caminhar, no Parque da Juventude. É lá também que se encontram as ruínas do Carandiru II, extensão do presídio nunca concretizada. Na Escola Técnica Parque da Juventude é possível visitar três celas recriadas a partir das originais, com portas autênticas, nas quais identificam-se inscrições e pinturas. São Jorge e o Dragão, Salmo de Davi, um grande olho aberto: imagens e palavras que fomentam reflexões, debates, reconceitualização. Sobre o forro de três salas, foram descobertas três pinturas: uma bandeira da Inglaterra, a outra dos Estados Unidos da América, e, por fim, um adesivo de cunho artístico retratando um joão-de-barro.

Tais são os achados. Poucos, numericamente, mas grandes por sua própria natureza. Preservar o passado histórico-social para o presente é resguardá-lo para as próximas gerações.

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