TEXTO CURATORIAL
Prisão. Penitenciária. Presídio. Cadeia. Xadrez. Casa de Detenção. Tantos nomes para denominar uma realidade freqüentemente ignorada. Só conhece quem lá dentro está.
O Museu Virtual Carandiru lança esse empreendimento, resgatando o significado dos valiosos resqüícios que sobraram daquele que, em seus tempos "áureos", foi considerado o maior centro penitenciário da América Latina.
Há, por exemplo, o muro de 10 metros de altura sobre o qual pode-se caminhar, no Parque da Juventude. É lá também que se encontram as ruínas do Carandiru II, extensão do presídio nunca concretizada. Na Escola Técnica Parque da Juventude é possível visitar três celas recriadas a partir das originais, com portas autênticas, nas quais identificam-se inscrições e pinturas. São Jorge e o Dragão, Salmo de Davi, um grande olho aberto: imagens e palavras que fomentam reflexões, debates, reconceitualização. Sobre o forro de três salas, foram descobertas três pinturas: uma bandeira da Inglaterra, a outra dos Estados Unidos da América, e, por fim, um adesivo de cunho artístico retratando um joão-de-barro.
Tais são os achados. Poucos, numericamente, mas grandes por sua própria natureza. Preservar o passado histórico-social para o presente é resguardá-lo para as próximas gerações.
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