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É um filme que trata sobre o ciúmes, a traição, a amizade, os erros. O que mais entretém nisso tudo talvez seja a perspectiva sob a qual ele aborda as relações sociais: parece que estamos lendo algum livro de Honoré de Balzac - algo sobre a aristocracia decadente e a promiscuidade por baixo dos panos, aspecto que recebe tantas alusões na série A Comédia Humana. Sendo o francês a língua mãe, parece que tudo fica mais natural. É possível observar toda essa circunspecção falsa do "viver na sociedade" - a imagem de si mesmo, as aparências, o modo enfatuado de ser e portar-se.
É um bom filme, especialmente no que tange ao vocabulário e à boa atuação. Há 70 anos, o cinema era diferente... talvez não para o melhor, numa repentina afetação nostálgica. Mas vale a pena conferir as mudanças técnico-científicas que se evidenciam com os tempos.
De qualquer forma, sinto falta de um Raskolnikov, para pôr fim à velha usurária.
Um comentário:
Eu também assisti, lol!
Mas esse Raskol das quantas, castigo-me de ainda não ter lido sobre seu crime! =)
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