quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Vida

(A vida é um milagre, quem discordará?)

A vida nos mostra o que a ela damos
A estrela cujo nome sempre chamamos
É a vida, é bonita e é bonita.

Viver, sem o medo de se machucar
Na memória o aprender, no passo
Todo o gesto, todo o pulso
Impulso manifesto de viver.

E cada noite e todo dia
Uma alegria, um júbilo
Porque se vive, porque se é
É-se o desdobrar do maquinário,

Cada, todo, novo e velho
O olhar, o andar, tudo é movimento
Mesmo nos momentos mais silentes
A vida tremula e tirita

Não de frio, nem de calor
Não por capricho do Criador
Mas porque imexível
Não é um adjetivo que descreve a vida.

Se até mesmo a pedra vive,
Se até o ininxergável ali está
Bem, a vida então será
Tudo o que eu tive
E tudo o que você terá.

É como na manhã
O canto do sabiá
Rouxinol não digo
Pois não distinguo
Seu cantar.

É como o ciclo diário
E universal.
Toda a vida é um invólucro
Sacral.

É como o João e o Mário
A Maria e a Joaquina
A vida é tíbia e fria,
É morna e severina,
Onde começa, também termina.

('Carpe diem et noctiem... You shall reap what you sow')

Nenhum comentário: