sábado, 29 de maio de 2010

Poetar Poetisas Monalisas

Escreva a escrita escrava
Fale de flores felizes
Cujas cores e matizes
Resplandeçam como lava

Abrace o amor - a clava
Abandone a todos insones
Da população eslava
Bárbaros feitos de cones

E nós no nosso quadrado
Aparado, facetado
Angulado, quatro lados
Não perdidos, mal achados

Escreva a escrita escrava
O poema começava
A dizer da dor, do amor
Terminou em estertor

E a beleza própria à vida
Deificada, expandida
Deixa então de ser vivida
Ao rimar co'a dura lida

Escreva a escrita submissa
Rezada como uma missa
Posta no mais alto altar

Basta amar e jorrar juras
De amor sempiterno, lindo
Um péssimo gosto infindo

Sucedâneo instantâneo
E pegajoso acréscimo
Da real loucura