quinta-feira, 27 de maio de 2010

Senti nela

Vi certo dia uma moça
Cuja face disse assim
Olha nos olhos de mim
Olha-me bem quem eu sou

A moça se foi sem mais nada
Sem sequer uma outra mirada
Sumiu-se abençoada
Eu jamais a vi de novo

Enxergo às vezes a sombra
Da luz emanada por ela
O brusco clarão da vela
Quem terá sido a donzela

Quem terá sido, pois, ela
Uma ilusão senti nela
Sem nome me some a bela
Vertigem singela da vida

A mais bela cena esquecida
A amena sombra amiga
Me aliviou e deixou
Co'a alma ao meio partida

Posso implorar e chorar
Para alncançá-la onde está
Nela me vi - ela está aqui
Eu nunca na vida a perdi

Nenhum comentário: