segunda-feira, 31 de maio de 2010

Qual nobre amor

Boa noite, cinderela
Um beijinho bem banguela
Pra ti, mia feia donzela

Bom dia, meiga feinha
Vou visitar a vizinha
Ela pede ajuda, auxílio
Roga socorro, ai qu'eu morro!

S'eu não for até ela
Se não for até lá
Ai qu'eu caio da sela
Se me pôr a amar

Minha adarga e minha lança
Estão prontas pra batalha
Salvar moças já me cansa
Nada há nisso que me valha

Balanceio na navalha
Galgo e corro sobr'a sela
Luto debaixo da malha
Do frio metal do cor delas

Feminilidade, onde?
A brincar de esconde-esconde
Uma grita, a outra urra
Sou sempr'eu quem leva a surra

Ser cavaleiro não paga
Ser bondoso hoje é chaga
Serei mau e cruel. Adeus!

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