Pintassilgo, pintainho
Pintarroxo, pinta o céu
De mel, de fel, passarinho
Põe à página o pincel
Meu piar apavorado
Por estar sempre apressado
O preço da pressa oprime
Meu pensar já apoucado
Pernoito em profundidades
Intransponíveis metades
Prestes a perder as penas -
Plumas e pôr-me pelado
Aplainado, pobre, apático
Procuro em mim o viático
A pleno voo, pasmado
Aprendo a premir o vácuo
Em meus poros, palpitando
O vazio que me espicaça
Ameaça e me aprisiona
A morte à sorte é mia dona
O ápice, o nada
O nado sem água
O pico, a praia
Aprazem-me não mais.
Sequestraram minha paz
O rapto o roubo a pilha
Meus pertences eu jamais
Reaverei, não sou rei.
Não mais, já mais, sem mais paz
Sem mais pontes aprumadas
A pender no horizonte
Fontes dos meus principescos
Sonhos, hoje pesadelos
Apenas perdi eu tudo.
Pintarroxo, pinta o céu
De mel, de fel, passarinho
Põe à página o pincel
Meu piar apavorado
Por estar sempre apressado
O preço da pressa oprime
Meu pensar já apoucado
Pernoito em profundidades
Intransponíveis metades
Prestes a perder as penas -
Plumas e pôr-me pelado
Aplainado, pobre, apático
Procuro em mim o viático
A pleno voo, pasmado
Aprendo a premir o vácuo
Em meus poros, palpitando
O vazio que me espicaça
Ameaça e me aprisiona
A morte à sorte é mia dona
O ápice, o nada
O nado sem água
O pico, a praia
Aprazem-me não mais.
Sequestraram minha paz
O rapto o roubo a pilha
Meus pertences eu jamais
Reaverei, não sou rei.
Não mais, já mais, sem mais paz
Sem mais pontes aprumadas
A pender no horizonte
Fontes dos meus principescos
Sonhos, hoje pesadelos
Apenas perdi eu tudo.
2 comentários:
Olá! Passei para eixar um abraço. Tava sumido, amigo Fernando!
Obrigado, amigo.
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