Ah, os bárbaros berberes
Sobre as dunas do deserto
Camelos postos em série
Onde o Sol está tão perto
E a água tão distante
Nesta areia angustiante
Lunáticos beduínos
Entoando loucos hinos
Dez dromedários sedentos
Cem homens sob o céu pleno
Marcham ao oásis rente
Em seu passo penitente
E não é em busca d'água
Em busca do conhecer
O que todos vêm a ser
Dentre o mar que nos deságua
Confluindo vida e morte
Neste signo do mais forte
Quem virá prevalecer
Quando o dia amanhecer
Azenegues alma entregues
Beduí beduim - sim!
O teu não jamais nos segue
Vive a vida a vida em mim
Nossa cáfila descansa
Tudo quanto a alma alcança
Nosso caravançará
Fica onde a alma está
Costa à costa, mar a mar
Seco o solo, fértil lar
Dromedários, meus rosários
Contas do sacro colar
Pingentes do meu pescoço
Aparando o suor grosso
Escorrendo em minhas veias
Quando a lua já vai cheia
Cheios n'alma estamos nós.
Sobre as dunas do deserto
Camelos postos em série
Onde o Sol está tão perto
E a água tão distante
Nesta areia angustiante
Lunáticos beduínos
Entoando loucos hinos
Dez dromedários sedentos
Cem homens sob o céu pleno
Marcham ao oásis rente
Em seu passo penitente
E não é em busca d'água
Em busca do conhecer
O que todos vêm a ser
Dentre o mar que nos deságua
Confluindo vida e morte
Neste signo do mais forte
Quem virá prevalecer
Quando o dia amanhecer
Azenegues alma entregues
Beduí beduim - sim!
O teu não jamais nos segue
Vive a vida a vida em mim
Nossa cáfila descansa
Tudo quanto a alma alcança
Nosso caravançará
Fica onde a alma está
Costa à costa, mar a mar
Seco o solo, fértil lar
Dromedários, meus rosários
Contas do sacro colar
Pingentes do meu pescoço
Aparando o suor grosso
Escorrendo em minhas veias
Quando a lua já vai cheia
Cheios n'alma estamos nós.