sábado, 4 de setembro de 2010

Eu sou, Tu não és

Eu sou e estou à parte
Do mundano mundo meu
Extraterrestre de Marte
Onde esconde-se meu Deus

Cosmogonia agonia
Ver-me um bípede inconstante
Quando passam-se os dias
Nas volúpias flutuantes

Passam-se e não voltam mais
Meus momentos empurrados
A foto tirada ao cais
Num belo dia apagado

Em que consiste o passado?
Tenras memórias já trêmulas
Nossos carros rebocados
Sacrificadas azêmolas

Cada bicho compreende
O destino ao qual se prende
Sua vida e seu pulsar
E à terra o retornar

Já o ser humano, não.
Prefere pôr-se apartado
E em si ensimesmado
Rumo à só dissolução.

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