segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Chovemo-nos

Chuva cheia encharca o chão
Chove vida no verão
Água deságua e enxágua
Enxuga o meu coração

Poças espelhos azuis
Teu machucado curou
Meu bem-amado chegou
Cego já sonha co'a luz

Céus do mais límpido azul
Chacoalha o vento do sul
Quem não pode advinhar
Qual a cor que benze o mar

O amarelo singelo
Junta-se ao sangue carmim
O verde e o caramelo
Unem meu não ao teu sim

Quando passa a depressão
Vem meu corcel alazão
Preto e fogoso carvão
Lambe mia palma da mão

Se eu pudesse imaginar
Um lugar onde ficar
Donde eu saísse a voar
Sem nenhum mal mais pensar...

Sem nenhum'alma pensar.

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