Aceitar sua própria morte
Quem sequer a aceitou
Ver-se fraco, fora forte
Sua força fraquejou
Dolorosa nostalgia
Ver a luz se amaciando
Ao olho o que antes não via
Sem saber jamais o quando
Hoje lampeja e fulmina
A pálida e fosca luz
Nesta funda e escura mina
Onde o sol não mais reluz
Nos calabouços da alma
Na masmorra agonizante
Nada se agita ou se acalma
Ouço eu um só mesmo instante
Minha trilha ao Minotauro
Nesta senda apavorida
Reconstruo e restauro
Passo a passo minha vida
Não fosse este tênue fio
Fino, feio, quebradiço
Esticado no vazio
Deste meu real feitiço
Esta linha tão-só minha
Retilínea, tensa, inerte
Com meus bravos pés caminho
Quem sabe eu um dia acerte
Há saída ao labirinto?
... ou dá voltas sobre si...
Mas só eu sei o que eu sinto
E o que eu jamais senti
No infinito desafio
Posto à prova pelo fio
Pois não foi senão aqui
Onde o cérbero ladriu
Dédalo pranteia ainda
A vã queda do anjo alado
É a dor do pai infinda
Ver o filho morto ao lado
Custou caro a aventura
Da prisão se libertar
Foi sua ideia madura
Afogada no ínvio mar.
Quem sequer a aceitou
Ver-se fraco, fora forte
Sua força fraquejou
Dolorosa nostalgia
Ver a luz se amaciando
Ao olho o que antes não via
Sem saber jamais o quando
Hoje lampeja e fulmina
A pálida e fosca luz
Nesta funda e escura mina
Onde o sol não mais reluz
Nos calabouços da alma
Na masmorra agonizante
Nada se agita ou se acalma
Ouço eu um só mesmo instante
Minha trilha ao Minotauro
Nesta senda apavorida
Reconstruo e restauro
Passo a passo minha vida
Não fosse este tênue fio
Fino, feio, quebradiço
Esticado no vazio
Deste meu real feitiço
Esta linha tão-só minha
Retilínea, tensa, inerte
Com meus bravos pés caminho
Quem sabe eu um dia acerte
Há saída ao labirinto?
... ou dá voltas sobre si...
Mas só eu sei o que eu sinto
E o que eu jamais senti
No infinito desafio
Posto à prova pelo fio
Pois não foi senão aqui
Onde o cérbero ladriu
Dédalo pranteia ainda
A vã queda do anjo alado
É a dor do pai infinda
Ver o filho morto ao lado
Custou caro a aventura
Da prisão se libertar
Foi sua ideia madura
Afogada no ínvio mar.
2 comentários:
Cara, muito bom seu trabalho. Abraços!
Valeu, Edison; ando enferrujado, mas chegou a hora de azeitar os gonzos!
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