Qual sorte a nossa!
O perfume pós-banho
Cheirar a Tietê -
Vulgo: fossa.
Curtir o forninho do vagão
A encoxada do busão
Epa, rapaz! Ó a mão!
Funk gostoso esse, mermão
Esse samba tamém é legal
Só não quero morrer nesse caixão
Que nada tem de genial...
Passa a mutuca, Joe!
Vamo incinerar
Esse charles charmoso
Pra relaxar
O dia foi duro
A mulherada disse não
Uma puxada tudo passa
Os óio fica vermeião
Dá uma fome que embaça
E aquela sede de cão
Puxa de novo que passa...
Ah... Paz...
Essa é a nossa religião
Disse o barbudo:
A religião é o ópio do povo
Mas o povo, papudo, se encheu da analogia
A gente quer é maconha
E fumar sem vergonha...
Nossa ordinária orgia
Pão e circo que nada...
A gente é mais beque e muié pelada...
O perfume pós-banho
Cheirar a Tietê -
Vulgo: fossa.
Curtir o forninho do vagão
A encoxada do busão
Epa, rapaz! Ó a mão!
Funk gostoso esse, mermão
Esse samba tamém é legal
Só não quero morrer nesse caixão
Que nada tem de genial...
Passa a mutuca, Joe!
Vamo incinerar
Esse charles charmoso
Pra relaxar
O dia foi duro
A mulherada disse não
Uma puxada tudo passa
Os óio fica vermeião
Dá uma fome que embaça
E aquela sede de cão
Puxa de novo que passa...
Ah... Paz...
Essa é a nossa religião
Disse o barbudo:
A religião é o ópio do povo
Mas o povo, papudo, se encheu da analogia
A gente quer é maconha
E fumar sem vergonha...
Nossa ordinária orgia
Pão e circo que nada...
A gente é mais beque e muié pelada...
2 comentários:
acabou com qualquer comentário que eu poderia fazer (y'
simplesmente...(me faltam adjetivos)
tem toda a musicalidade e todo o recheio crítico das idéias das música de Gabriel, O Pensador...lembrei dele enquanto lia.
parabéns!!
Gabriel, O Pensador é a genialidade e a criatividade líricas incorporadas. Admiro esse cara, e pode ter certeza que compus tendo em mente o trabalho dele.
A musicalidade não está perfeita, mas tentei dar um toque do cotidiano, algo que pudesse ser dito, declamado - abdiquei da temática pequeno-burguesa nesse poema.
Rs.
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