Fumando sem nada na barriga
Pensando naquela rapariga
Ô diacho de ferida!
Que não cala e não sara
Ora sara e reabre
É um golpe de sabre!
O meu cor cá morrendo
Azedo, vinagre
Um estoico me disse:
Mais sofrer, mais ensina
Eu cá não sei...
Tão triste sina!
Tanto sofrer desanima!
Melhor mulher não há...
Cantou o sabiá
Já sei, já sei...
Mas ond'hei de achar?
Ou serei eu o achado...
Ah, Fado malvado!
Ensina errado ao pupilo aplicado
A quem resta chorar, confrangido
E sofrer resignado
É tudo, então, uma peça, uma troça?
Tamanha brincadeira insossa!
Do início ao fim da vida...
É de embrulhar a barriga.
Pensando naquela rapariga
Ô diacho de ferida!
Que não cala e não sara
Ora sara e reabre
É um golpe de sabre!
O meu cor cá morrendo
Azedo, vinagre
Um estoico me disse:
Mais sofrer, mais ensina
Eu cá não sei...
Tão triste sina!
Tanto sofrer desanima!
Melhor mulher não há...
Cantou o sabiá
Já sei, já sei...
Mas ond'hei de achar?
Ou serei eu o achado...
Ah, Fado malvado!
Ensina errado ao pupilo aplicado
A quem resta chorar, confrangido
E sofrer resignado
É tudo, então, uma peça, uma troça?
Tamanha brincadeira insossa!
Do início ao fim da vida...
É de embrulhar a barriga.
2 comentários:
Vai e vem...Vai e vem...
é essa a sensação que esse seu poema dá.Com as rimas perfeitas que vc compõe, e meio que nos ''teletransporta'' pro seu coração durante a leitura das suas palavras.
Lembrei de uam daquelas frases que a gente costuma ler e nunca acredita, até que acontece com a gente:
''No final, a gente não encontra quem estava procurando, mas quem estava procurando a gente''
Bom, até mais...
abraço!xD
Sim, você captou o ponto central do poema:
"Mas ond'hei de achar? / Ou serei eu o achado..."
....
"No final, a gente não encontra quem estava procurando, mas quem estava procurando a gente"
--> é isso mesmo, Nina. Meus mais profundos parabéns!
Postar um comentário