cartum: Latuff
Famílias nas ruas
Vivendo nas calçadas,
Deixadas
Pra rezar pro céu
Pra rogar perdão
Mas não!
O céu vem depois
E o que fizemos nós
Pra tirá-las da miséria?
Aqui não é Argélia, Nigéria
Vivemos no Brasil
Terra da alegria
Mas que alegria é essa?
Vivendo com pressa
Virando a cabeça
Pro lado
Quando vemos o sujeito
Marginalizado?
É esse o futuro da Nação?
A precária educação -
A probreza - tristeza
Uns poucos comem ostra
A maioria sobrevive
À base de pão - que o governo amassou
Ladrão.
Que futuro é esse, meu irmão?
O País do futebol
Eterno besteirol
Cerveja, carnaval -
Cara de pau
Opressão medieval
Chega de mentira
É hora de agir
Expressando a nossa ira
Nós vamos resistir!
4 comentários:
Nós vamos resistir!Comendo o pão que o maldito governo amassou e generosamente distribuiu aos pobrezinhos e negrinhos famintos que, coitadinhos, não têm capacidade mental suficiente para serem tratados como seres humanos.
Isso realmente me REVOLTA.
Me revolta como ainda tenha que existir o dia da consciencia negra quando, na minha concepção, consciência não tem cor.O que tem cor é só a pele, e mais nada.As idéias, os atos, as lutas, não tem cor.
adorei o texto.
abraço!!
Exato. É esse o espírito da coisa. A pele não colore a alma de ninguém.
Saudações, companheiro! Primeiro, obrigado pela visita ao meu blog. Segundo, a charge fala por si só, mas aliada ao seu poema ampliou-se sua dimensão. Parabéns pelos belos poemas!
Abraço.
Muito obrigado, José! Continuarei visitando teu belo blog.
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