Dirigido por Masahiro Shinoda e baseado no romance de Shusaku Endo, o filme concerne meados do século XVII, com a chegada de três padres jesuítas, que desembarcam no Japão com o intuito de localizar seu mentor, e divulgar o Evangelho Cristão. No entanto, eles não poderiam ter escolhido piores colheitas. Sua chegada é logo seguida pela divulgação de um estatuto que põe em clandestinidade todos os frades cristãos em terras nipônicas, e as denúncias não tardam a chegar - em troca de recompensas monetárias do governo.
Filme duro, quase indigesto, já que não atenua os sofrimentos desses corajosos - ou simplesmente ingênuos - pregadores. Um filme que choca, que dá calafrios, que nos empurra para o lado dos preconizadores, dos atormentados, e desenraíza qualquer ideal de imparcialidade que poderíamos ter antes do início do filme. Um filme que, em intensidade emocional, eu comparo a Garage Olimpo (1999, Marco Bechis) e El Violin (2005, Francisco Vargas), ambos também sobre eventos reais, e que dão tamanho enjoo, que se torna forçosa a presença de um forte estado de espírito.
É, portanto, um filme altamente recomendado. Porque um bom filme é aquele que nos dá um empurrão e um pontapé em direção à biblioteca, à literatura, espicaçando-nos a aprender mais sobre aquilo. De fato aconteceu? Foi assim tão violento? Por quê?
E é aí que não estagnamos.
Há 7 horas
2 comentários:
O filme realmente é indigesto, soco no estômago.
Olha o plágio no último parágrafo, hein!
Ou estou doido?? =)
Se eu soubesse a fonte eu citaria (esqueci-me do autor que assim falou).
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