domingo, 28 de fevereiro de 2010

Ruptura

Não sou mais que sombra
De ervas alheias
Envolto em amarras
Atado a peias

Mentiras eu conto
Eu conto às mãos-cheias
E como num conto
Encanto as sereias

Eu pulo no lago
Encontro o mago
Fico até gago
Ante a surpresa

O leito está vago
Carente de afago
Eu deito ao lado
Da cruel princesa

Sorri licorosa
Seu buço já rosa
Do muito batom
E pouco bom tom

Admirado bocejo
O rosto babado
Roubaram meu sonho
Meu real sonhado

5 comentários:

wrodcarica disse...

Bravo Fernando !!!
Como sempre um belo texto acompanhado por uma imagem bem selecionada...

Fernando disse...

Grato, Wlamir! A ferramenta de busca de imagens do google é ótima para pesquisas em inglês. Aponta muitos resultados valiosos.

Anônimo disse...

Gostei bastante!
Um tanto quanto rítmico e fantasioso...

Abçs!

Fernando disse...

Obrigado, Arthur! Conquistei a plenitude nesse poema por meio da simplicidade.

Jorge Ramiro disse...

Eu gosto muito da poesia. Eu moro em Butanta. É um lugar que me inspira a escrever, eu escrevo sobre o que eu vejo. Eu escrevo sobre as coisas que acontecem.