Sou uma pessoa real
Real enquanto poética
Ficcional e patética
Distância abissal
Sou uma pessoa real
Minha vida esquelética
Lida em voz caquética
Indigesto catatau
Rouca e mouca e louca
Troco de vida, de roupa
Mantenho-me o mesmo
Real irreal e cabal.
Real enquanto poética
Ficcional e patética
Distância abissal
Sou uma pessoa real
Minha vida esquelética
Lida em voz caquética
Indigesto catatau
Rouca e mouca e louca
Troco de vida, de roupa
Mantenho-me o mesmo
Real irreal e cabal.
3 comentários:
Rimas inusitadas, um ritmo aligeirado, muito próprio aos quartetos e, mais importante, poesia contemporânea que não cede ao previsível e à qualidade inferior do velho "água com açúcar". Enfim, um belíssimo trabalho. Parabéns!
Essa forma de poetar lembra-me meus primeiros rascunhos.
Em tempo: "linkei-o" no meu blog, obrigado por teres feito o mesmo comigo.
Muito bom. Gostei!
Muito obrigado, José. É o olhar de quem vê que dá brilho à coisa vista - pressuposto esse da física quântica, cada dia mais provada e comprovada em seus princípios relativísticos.
Às vezes é por sendas subjetivas que chegamos à uma linha objetiva que nos defina em nossa inabarcável incompletude.
Edison, fico feliz que tenha gostado :D
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