Cuidado, homem
O verme te carcome
Pouco a pouco
Rói e come
Num rastro louco
A doer de fome
Devora a alma, a calma
E o que mais há de melhor
Leva a luz embora
E a paz ao teu redor
Tal ferida só piora
Tua face perde a cor
O teu rosto tornado
Cinzento
Descobre logo
No momento
Ter perdido
O acalento
De viver livre
De dor
O coração não pulsa
Veloz expulsa
Em tosse e sangue
O ido amor
Quem dera assim não fosse...
O nosso último estertor.
O verme te carcome
Pouco a pouco
Rói e come
Num rastro louco
A doer de fome
Devora a alma, a calma
E o que mais há de melhor
Leva a luz embora
E a paz ao teu redor
Tal ferida só piora
Tua face perde a cor
O teu rosto tornado
Cinzento
Descobre logo
No momento
Ter perdido
O acalento
De viver livre
De dor
O coração não pulsa
Veloz expulsa
Em tosse e sangue
O ido amor
Quem dera assim não fosse...
O nosso último estertor.
5 comentários:
Cara, você é treta.
hahaha manda muito.
Aliás, como descobriu meu blog?
Malandro!
Me sinto honrado com esses elogios, porque diante das suas poesias, sei o peso que eles têm.
Rimar é uma delícia, mas às vezes sinto que rimas em inglês ficam mais suaves que em português. Mesmo assim, vou treinando pra que as minhas fiquem leves e nada forçadas, como você mesmo disse.
Quanto aos clássicos, admito que li poucos. O que me pega mesmo é literatura contemporânea. Autores mais modernos, como Mário Quintana, Paulo Leminski, Clarice Lispector, Martha Medeiros, Rita Apoena, Millôr Fernandes. Obviamente que aprecio Fernando Pessoa e seus heterônimos, Pablo Neruda e por aí vai.
Admito que a poesia me fisga mais que a prosa, mas posso citar Marcelino Freire como um de meus favoritos (vide o livro "Rasif - Mar Que Arrebenta" e um conto dele chamado "Falta", parte integrante do livro chamado "Dicionário Amoroso da Língua Portuguesa".
Enfim, legal que você goste do que faço e vice-versa. hahaha.
Que a arte tome conta de nós infinitamente.
Ps: você é de São Paulo?
Ps 2: admito que ao ler suas poesias, apelo pro dicionário em alguns casos. hahahah, mas tá valendo.
Com toda a certeza. Acreditar no que se faz é o primeiro passo para, efetivamente, fazer.
Porra, eu tô no terceiro ano de publicidade e trampo numa agência há quase 2 anos.
Sou redator.
Acho que não poderia ter escolhido profissão melhor.
Ps: haha seu curso explica sua eloquência ao escrever, assim como suas referências e influências.
Até os posts seguintes, então.
olá companheiro, obrigado por suas visitas em meu blog, abraços!
Eu que agradeço!
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