Anita Malfatti: O homem amarelo II (1915)
Eu me olho nos seus olhos
Eu me enxergo tão simplório
Pelo reflexo molhado
O que é que há em mim
Eu me vergo em meu jardim
Vou em busca de jasmins
Cavo a terra com mias mãos
Faço minha ablução
Grãos e sementes desterro
Garras ferrenhas me arranham
Soco o chão em solidão
Vozes atrozes me chamam
Não aceitam negação
São minhas as vozes
São minhas neuroses
São meus os algozes
Vozes velozes
Me tornam um celerado
Tresloucado acelerado
Não posso apartar
Virtude e pecado
Eu me olho nos seus olhos
Eu me enxergo tão simplório
Pelo reflexo molhado
O que é que há em mim
Eu me vergo em meu jardim
Vou em busca de jasmins
Cavo a terra com mias mãos
Faço minha ablução
Grãos e sementes desterro
Garras ferrenhas me arranham
Soco o chão em solidão
Vozes atrozes me chamam
Não aceitam negação
São minhas as vozes
São minhas neuroses
São meus os algozes
Vozes velozes
Me tornam um celerado
Tresloucado acelerado
Não posso apartar
Virtude e pecado
Nenhum comentário:
Postar um comentário