Soca gente no metrô
Pilão na carne moída
Premida, prensada, cozida
Aperta mais, seu doutô
Segunda à sexta me esfrego
Corpos distantes, colados
O sábio olho faz-se cego
Não vê o vizinho calado
Não o vê, não se vê
De cima a tevê
Ciente emudece
Cresce o silêncio oneroso
No túnel infernal
No forno coletivo
O barulho me faz mal
O ruído ensurdecedor
Da mudez cativa
Da nudez coletiva
Ajuntados seres alheios
Metidos em devaneios
O que farão, onde estarão
Olhos no teto, pés no chão
Presos aos próprios anseios
Diário gosto da angústia
Na boca selada
Nos olhos vendados
Ouvidos tapados
Estão todos tapeados
No túnel-túmulo
Sozinhos em seu mundinho
Do fechado cadeado
Pilão na carne moída
Premida, prensada, cozida
Aperta mais, seu doutô
Segunda à sexta me esfrego
Corpos distantes, colados
O sábio olho faz-se cego
Não vê o vizinho calado
Não o vê, não se vê
De cima a tevê
Ciente emudece
Cresce o silêncio oneroso
No túnel infernal
No forno coletivo
O barulho me faz mal
O ruído ensurdecedor
Da mudez cativa
Da nudez coletiva
Ajuntados seres alheios
Metidos em devaneios
O que farão, onde estarão
Olhos no teto, pés no chão
Presos aos próprios anseios
Diário gosto da angústia
Na boca selada
Nos olhos vendados
Ouvidos tapados
Estão todos tapeados
No túnel-túmulo
Sozinhos em seu mundinho
Do fechado cadeado
4 comentários:
"Diário gosto da angústia"
Como adoçar o fel, Fê? =)
Com uma colherinha de mel logo ao chegar em casa. E eu não tô brincando...
Beleza, Fernando>
Um retrato poético da cruzada diária da gente.
abs. Biratan
Fazemos de tudo para não enlouquecer. De tudo. E espero que dê certo!
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