quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ei, flor!

Te ofereço esta rosa
Cheirosa, dengosa
Como você

Que me espreita
Me olha
Mas nunca me vê.

4 comentários:

Marina disse...

o que seria essa rosa?
em sentido figurado, digo...

Fernando disse...

A rosa? O amor oferecido pelo amante, que raro tem certeza se o que ele oferece é de fato o que sua amada quer, e o mesmo a ela. Olhar o outro e ter certeza do que vê é muito difícil, inda mais quando estamos imersos em nossa subjetividade individual. Não sei se o amor é alienador, mas nós todos temos nosso quê de alienados quando tentamos compreender o outro, tão próximo e distante, separado.

Acho que um homem verdadeiramente iluminado conseguiria ver o outro como a si mesmo, mas isso é tão trabalhoso, e fruto de uma longa experiência neste mundo. Poucos de nós o conseguimos, e, mesmo assim, poucas vezes ao longo da vida. Quem sabe o conseguíssemos mais, e fôssemos assim mais felizes e plenos em nossa existência.

Quem sabe!!

Marina disse...

Quem sabe...
Incrível as reflexões que você faz diante de uma simples rosa, e o quão longe você chega ao falar sobre o amor e a paixão...ops, isso é para o outro post ;x
aliás, lindo poema, como sempre.
Abraço!!

Fernando disse...

Obrigado, Nina! Você foi de extrema importância, participando do blog por meio dos seus comentários num dos meus momentos mais difíceis. Devo a você a levantada de ânimo que dei aqui no blog, e a assiduidade que passei a ter com os meus escritos. Saiba disso. Obrigadíssimo!