Todos dedos deformados
Num pé preto de sujeira
Pela dor, pelos calçados
Pela à vida à margem, à beira
Vida beirando a beira dos beirais
A existência suspeita
Só, suspensa, sussurrada
Psiu! E se for cilada...
Viadutos, minhocões
Pulsa em roda a vida alheia
Lendo em rostos bonachões
Sã saúde duma ceia
Qual foi a última vez...
Sobre a mesa a sobremesa
Um cumprimento cortês
Sem a sobrancelha tesa
Qual foi o dia benquisto
Amado, bem recordado
Sem ser pego para Cristo
Sem a exclusão ao lado
Quando foi a ida infância
Se sequer a possuiu
Pacífica vida mansa
Noites inteiras sem frio
O último olhar carinhoso
Apertado abraço humano
Última instância do gozo
O amor em primeiro plano
A insânia se aproxima
Consciência desintegra
O azul céu soberbo acima
E abaixo a alma em quebra
A mole mão esmoler
Tresandando forte cheiro
Não é homem nem mulher
Súplica ao ouro faceiro
Oiro, prata, cobre esnobe
Estendido ao pavimento
Prece ao firmamento sobe
Do chão sórdido, cruento
Pois eu passo e peço apenas
Ao longínquo Pai Noel
Galgue rápido as renas
Traga o prato mais pitéu.
Num pé preto de sujeira
Pela dor, pelos calçados
Pela à vida à margem, à beira
Vida beirando a beira dos beirais
A existência suspeita
Só, suspensa, sussurrada
Psiu! E se for cilada...
Viadutos, minhocões
Pulsa em roda a vida alheia
Lendo em rostos bonachões
Sã saúde duma ceia
Qual foi a última vez...
Sobre a mesa a sobremesa
Um cumprimento cortês
Sem a sobrancelha tesa
Qual foi o dia benquisto
Amado, bem recordado
Sem ser pego para Cristo
Sem a exclusão ao lado
Quando foi a ida infância
Se sequer a possuiu
Pacífica vida mansa
Noites inteiras sem frio
O último olhar carinhoso
Apertado abraço humano
Última instância do gozo
O amor em primeiro plano
A insânia se aproxima
Consciência desintegra
O azul céu soberbo acima
E abaixo a alma em quebra
A mole mão esmoler
Tresandando forte cheiro
Não é homem nem mulher
Súplica ao ouro faceiro
Oiro, prata, cobre esnobe
Estendido ao pavimento
Prece ao firmamento sobe
Do chão sórdido, cruento
Pois eu passo e peço apenas
Ao longínquo Pai Noel
Galgue rápido as renas
Traga o prato mais pitéu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário